Nunca se sabe ao certo onde a estrada vai dar até que a decisão e a atitude de segui-la seja tomada.
Não dá para prever, planejar ou controlar todos os detalhes do rumo de uma escolha.
Em referência a Milan Kundera, a vida é uma seqüência de estréias - e, sem ensaio.
Sempre dá aquele frio na barriga quando uma decisão que pode mudar a vida precisa ser tomada.
Vêm dúvidas como: será que é uma boa decisão? Será que vai dar certo?
Quem sabe? Quem vai saber?
Tem mesmo é que botar a cara e pagar pra ver!
... Ou ficar se remoendo e imaginando o que poderia ter sido se tivesse ...
E o que é viver, se não for EXPERENCIAR VIDA?
Viver diferentes emoções, situações, trabalhos, lugares, relacionamentos.
Arriscar e dar certo.
Arriscar e dar errado.
E o que é dar errado?
Geralmente algo que não saiu dentro do planejado. Ou algum resultado fora do que se esperava.
E o que acontece quando dá algo "errado"?
Fora aprender com os erros - pra quem é esperto -; quando dá algo “errado” é mais um rumo surpreendente que a vida toma.
Um rumo que pode trazer algo ainda melhor que o esperado e que não poderia ser imaginado se a "decisão errada" não tivesse sido tomada.
No fundo, no fundo ... não tem como nada dar errado de verdade.
É preciso escolher: meter a cara e ver onde a estrada vai dar ... ou ficar imaginando o que poderia ter ido se ...?
Por qual sonho você acorda todos os dias?
(Copyright © 2009)
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Do livro, que eu adoro, A Insustentável Leveza do Ser (Milan Kudera):
"Não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não existe termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. No entanto, mesmo "esboço" não é a palavra certa porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada, é um esboço sem quadro."
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