22 outubro 2009

Hoje não tem problema pra resolver



Sábio conselho que recebi uma vez: “leve o seu dia como se não tivesse problemas para serem resolvidos”.


Sabe aqueles dias que você está sentindo que o mundo precisa de você, se não ele pára de girar? E você tem dores pelo corpo de tanto peso, tanta gente e tanto problemas que carrega.

Pois então, relaxe.


RE-LA-XE!


Hoje não tem problema nenhum pra resolver.

O prazo para problemas e reclamações encerrou ontem - e nada pode ser feito.


RE-LA-XE!

O mundo vai continuar girando, a gravidade ainda vai estar funcionando ... e sempre vai ter um dia depois do outro.


Respira fundo.

E leve o dia, a semana, o mês como se não existisse problemas para resolver. No máximo, quem sabe, alguns pequenos obstáculos e decisões circuntanciais; nada demais.


Respira fundo.

E tenha um bom dia!


Leva prática, mas faz bem.


Be happy!

Por qual sonho você acorda todos os dias?

.

25 setembro 2009

Quando vier a Primavera




No Brasil, já é Primavera e aqui no Norte já é Outono.
O ano vai passando rápido nos dois hemisférios. O ciclo da vida segue seu passo independente da velocidade que a vida e a mente de cada pessoa está. A natureza tem o seu ritmo.

Enquanto a Primavera ilumina o sul do mundo para a época de recomeçar, florir, colorir, expandir, ir pra fora. No norte, o Outono caminha para o escuro do inverno dando oportunidade da colheita dos frutos plantados nas estações anteriores; as folhas mudam de cor avisando que o descanso necessário está por vir para que haja preparação de novos frutos e flores.

A natureza é sábia e tem o seu ritmo, independente das besteiras que nós humanos façamos. Ela é a grande mãe que nos nutre e nos oferece tudo com perseverança e paciência, independente do mau filho ou filha que possamos ser.

A Mãe Natureza também tem os seus momentos temperamentais que é fundamental para o seu reequilíbrio. Seja através de alguma doença pelo qual o nosso corpo grita por atenção e descanso; seja por catástrofes ou tempestades que a ajudam a trazer o reequilíbrio global.

O fato é que a natureza caminha no seu próprio tempo e não temos controle algum sobre isso, mesmo que muitas vezes ela nos deixa ter essa ilusão.

Pode ser amedrontador reconhecer que, na verdade, não temos controle sobre nada; mas pode ser libertador reconhecer que controle é perda de tempo e o que nos resta é fazer as escolhas dentro do nosso ritmo de ser feliz.

Você está no ritmo da sua natureza de ser feliz?
Por qual sonho você acorda todos os dias?

Iria C Sebastião
Seguindo o meu ritmo. Às vezes meio acelerado, às vezes meio parado.


(Copyright © 2009)

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Quando vier a Primavera

Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.

Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma.

Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.

Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.

(Alberto Caeiro – Pseudônimo de Fernando Pessoa)



(Pra mim, esta poesia foi uma libertação. O reconhecimento que, independente de qualquer coisa, a vida segue. Descobri este texto num dia muito triste, depois do enterro de alguém muito querida.
Após ler esta poesia lembrei no quanto a pessoa que tinha partido celebrava a vida, mesmo depois dos seus 80 anos.
Dei-me conta que celebrar a vida que ela teve era mais importante que chorar a sua partida.
Ao invés de ir para casa em prantos, fui dançar. E aposto que ela ficou mais feliz com essa homenagem.
Ela foi uma das pessoas que me ensinou a celebrar a vida enquanto ela vivia, e depois de ter partido também.
Obrigada Stella.)

18 setembro 2009

Estrela Guia


Todo mundo tem uma estrela íntima que indica a direção que podemos seguir para ser felizes. Podemos porque seguir é uma opção.

Lá no fundo a gente sempre sabe o que é bom para nós: relacionamentos, amigos, trabalho e estilo de vida que realmente nos fazem – ou fariam - felizes.

Essa estrela é mais cintilante quando estamos na direção certa, e isso pode ser percebido facilmente pela qualidade da nossa saúde, humor e energia diária. No entanto, outras vezes, quando tomamos decisões baseadas em medo (de mudar, arriscar, enfrentar figura de autoridade e outrs) a estrela não brilho tanto quando poderia – e a saúde, humor e energia também não são a mesma coisa.

A decisão baseada em medo pode ser consciente ou inconsciente. E, importante lembrar que não tomar decisão é uma forma de decidir– e baseada em medo.

Medo é útil para casos de sobrevivência. Não andar numa rua obviamente perigosa é mais seguro, não brincar com cachorro bravo, não pular de certa altura, ou deixar de pedir demissão do emprego que você odeia pra ter certeza que a família vai ter o que comer (o que não impede de ficar procurar persistentemente algo melhor, claro!).

Certa dose de medo é importante; mas quando ele impede de ser feliz não é saudável – nem inteligente.

Medo não é necessariamente gritante como a idéia de pular do avião sem pára-quedas sair correndo de cachorro bravo. É também aquele suave sentimento de ‘melhor deixar assim que nem está tão ruim mesmo’.

Esse tipo é ainda mais perigoso porque sutilmente impede de dar passos importantes para ser mais feliz com desculpas muito convincentes. Tão convincentes que nem parecem ser desculpas, e muito menos, medo.

Mas mesmo enquanto paralisados pelo medo – seja ele disfarçado ou não – a nossa estrela continua murmurando sutilmente o caminho a seguir, a decisão e a atitude a tomar. E por mais louca, inconseqüente e incomum que a mensagem possa parecer, a estrela continua murmurando com a persistência e a profunda certeza de que SER FELIZ É A ÚNICA COISA QUE IMPORTA.

O que a sua estrela está murmurando?


Por qual sonho você acorda todos os dias?


(Copyright © 2009)



04 setembro 2009

Pedra no caminho


Será que a pedra no meio do caminho - ou qualquer aparente obstáculo para um objetivo, meta ou destino - pode ser:

( ) Lição mais importante para um evento futuro?
( ) Tempo extra para amadurecimento da idéia, evento ou situação?
( ) Redirecionamento para o sucesso?
( ) Redirecionamento para o sucesso de uma forma diferente e inesperada?
( ) Impulso para algo melhor?
( ) Teste da força de vontade?
( ) Medo de algo que nem existe?
( ) Um sinal de que o caminho pode ser outro?
( ) O FDP que fez de sacanagem mesmo, mas que ensinou a ser mais forte e mais inteligente para fazer melhor na próxima oportunidade?
( ) Outra ________________________

Pedras no caminho existem sim.
O que fazer com elas - ou por causa delas - é que faz a diferença.

Por qual sonho você acorda todos os dias?

Iria C Sebastião
Encontrando pedras no caminho, e continuando a caminhada


(Copyright © 2009)


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No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

tinha uma pedra

no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento

na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do caminho

tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

no meio do caminho tinha uma pedra.

(Carlos Drummond de Andrade)

28 agosto 2009

Vazio ou espaço?




Em grandes transformações da vida acontecem fases que podem ser encaradas como vazio ou espaço. E isso são duas coisas diferentes sim.

Esse vazio ou espaço geralmente ocorre em momentos quando pessoas queridas partem (de mudança ou viajem astral), troca ou perda de trabalho ou casa, final de período de estudo que chega, entre outros.

E essa fase “após alguma coisa” pode ser preenchida com reações dramáticas (vazio) ou com a preparação, até mesmo celebração para algo novo (espaço).

Há alguns dias conheci uma mãe que estava “enviando” a quarta filha para fazer faculdade num outro Estado. As outras 3 filhas já estavam com a vida encaminhada. Como companheira em casa, somente restara essa filha mais nova que estava de partida para a vida adulta em outro lugar.

Para esta mãe, a despedida não era somente de uma filha que ingressara na Universidade, era também de uma grande companheira e amiga que foi muito presente principalmente nos últimos 5 anos em que as duas moraram sozinhas.

E, embora esta mãe reconhecesse a profunda saudade que sentiria de sua filha e amiga, ela me disse com uma ternura que vem de alguém que ama que “esta despedida não estava deixando um vazio; mas sim, criando espaço”.

Achei esse pensamento de uma sabedoria linda.

Em situações como essas, sei que muitas pessoas escolhem dramatizar e sofrer o máximo que podem com o vazio deixado pela pessoa querida - ou por aquela(e) ingrata(o) insensível (buáááááá :-0 ). E claro que o drama tem mil e uma desculpas pra ser justificado.

Certamente esta mãe que conheci poderia tomar o caminho do drama com inúmeras razões que justificasse esse “vazio todo”; mas, muito sabiamente ela preferiu escolher uma perspectiva mais leve e ser feliz.

Ela focalizou no espaço que se abriria pra ela cuidar de si mesmo, viajar, conhecer novas pessoas, criar novas rotinas, fazer classes de arte, promover jantares para amigas, mudar os móveis da casa, rearranjar os ambientes como bem quiser...

Quantas coisas que ela havia deixado de fazer nesses anos todos porque tinha escolhido cuidar dos filhos? Quantas viagens, convites, passeios, spas ou qualquer outra coisa ela deixou de ir ou fazer porque tinha os filhos pra cuidar, atender, ajudar, ou simplesmente não queria atrapalhar a rotina deles?

Agora, ela teria mais tempo pra ela. E pra começar a aproveitar esse tempo e espaço que ela tem, ela resolve fazer a viajem pela qual esperou por 35 anos (idade da primeira filha): três semanas romanticamente com ela mesma na Europa, com direito a uma semana num SPA na Itália.
Nada como ter coragem de ter espaço para si mesmo, não é?

Por qual sonho você acorda todos os dias?


Iria C Sebastião
Escolhendo mais espaço do que vazio - pelo menos, na maior parte do tempo
Mesmo assim, sentindo muita saudade



(Copyright © 2009)

21 agosto 2009

Onde você quer chegar?


Onde você está agora?

É onde gostaria de estar?

Você sabe onde quer chegar?

Pra chegar a algum lugar é preciso saber onde quer ir?

Era uma vez Alice que seguiu o coelho e foi parar no País das Maravilhas:

"- Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para sair daqui? – Disse Alice para o Gato

- Isso depende bastante de onde você quer chegar. – Respondeu o Gato.

- O lugar não me importa muito. - Disse Alice.

- Então não importa que caminho você vai tomar.

- Desde que eu chegue a algum lugar - acrescentou Alice em forma de explicação.

- Oh, você vai certamente chegar a algum lugar - disse o Gato - se caminhar bastante."

(Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll)

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E decidindo onde chegar?

O que precisa ser feito para chegar lá?

Você está fazendo o que é preciso?

Por que não?

Então esquece os “porquês não”. São somente desculpas.

Desculpas não levam a lugar nenhum.

Deixam a gente onde não queremos estar ou caminhando pra "qualquer lugar".

Abaixo as desculpas!

Foco!

Foco onde se quer chegar!

Foco no que se pode fazer AGORA!

Seja lá o que pode ser feito agora e exatamente de onde você está, com o que você tem, com o que você sabe!

Foco, ação e intenção!

Aonde você quer chegar?

Por qual sonho você acorda todos os dias?


(Copyright © 2009)

14 agosto 2009

Onde essa estrada vai dar?



Nunca se sabe ao certo onde a estrada vai dar até que a decisão e a atitude de segui-la seja tomada.

Não dá para prever, planejar ou controlar todos os detalhes do rumo de uma escolha.

Em referência a Milan Kundera, a vida é uma seqüência de estréias - e, sem ensaio.

Sempre dá aquele frio na barriga quando uma decisão que pode mudar a vida precisa ser tomada.

Vêm dúvidas como: será que é uma boa decisão? Será que vai dar certo?

Quem sabe? Quem vai saber?

Tem mesmo é que botar a cara e pagar pra ver!

... Ou ficar se remoendo e imaginando o que poderia ter sido se tivesse ...


E o que é viver, se não for EXPERENCIAR VIDA?

Viver diferentes emoções, situações, trabalhos, lugares, relacionamentos.

Arriscar e dar certo.

Arriscar e dar errado.


E o que é dar errado?

Geralmente algo que não saiu dentro do planejado. Ou algum resultado fora do que se esperava.

E o que acontece quando dá algo "errado"?

Fora aprender com os erros - pra quem é esperto -; quando dá algo “errado” é mais um rumo surpreendente que a vida toma.

Um rumo que pode trazer algo ainda melhor que o esperado e que não poderia ser imaginado se a "decisão errada" não tivesse sido tomada.


No fundo, no fundo ... não tem como nada dar errado de verdade.


É preciso escolher: meter a cara e ver onde a estrada vai dar ... ou ficar imaginando o que poderia ter ido se ...?

Por qual sonho você acorda todos os dias?


(Copyright © 2009)

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Do livro, que eu adoro, A Insustentável Leveza do Ser (Milan Kudera):

"Não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não existe termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. No entanto, mesmo "esboço" não é a palavra certa porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada, é um esboço sem quadro."



31 julho 2009

Espaço


Desistir do que éramos ontem para nos transformarmos em algo direfente hoje – desistir do ontem mesmo do que parecia ser tão bom.

Tornar-se … e re-tornar-se.

Transformar-se

Deixar o velho ir para o novo vir.

Deixar ir para vir.

Ir e vir.

O que você vai deixar ir hoje?

Para qual sonho você criar espaço hoje?

(Copyright © 2009)

23 julho 2009

Livre para ser



Respira fundo.
Respira fundo e imagine hoje é um dia que você pode deixar as máscaras caírem.
Não tem nenhum papel pra interpretar.
Não tem que parecer nada.

Não tem que ser super filho(a), super mãe ou super pai.
Não precisa ser chefe dedicado ou funcionário eficiente.
Não precisa parecer inteligente, bonito(a), sensual, simpático(a), amigão/amigona, responsável, habilidoso(a), carismático(a) ...
Hoje não precisa parecer nada.
Nem perfeito, nem imperfeito.

O que sobra?
Acho que uma sensação de liberdade.

Acho que isso deve ser “ser”.

Eu quero ser quando eu crescer. E só.

(Copyright © 2009)

Dever de sonhar

"Eu tenho uma espécie de dever,
dever de sonhar,
de sonhar sempre,
pois sendo mais do que um espetáculo de mim mesmo,
eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E, assim, me construo a ouro e sedas,
em salas supostas, invento palco,
cenário para viver o meu sonho
entre luzes brandas e músicas invisíveis."
( Fernando Pessoa )

17 julho 2009

Encontrando o próprio caminho, reconhecendo os próprios talentos



Talentos são aquelas habilidades instintivas que, geralmente, se manifestam naturalmente para certas pessoas (e não tão facilmente para outras).

Algumas pessoas são mais inclinadas a entender como funciona o motor do carro enquanto que outras a estudar literatura brasileira ou psicologia ou matemática. Algumas tem facilidade com esportes e outras resolvem facilmente situações que parecem muito complicadas para outras.

É simples assim, o que é fácil de fazer/ver/entender/criar/etc. tem uma enorme chance de ser um talento.

E por ser simples, os talentos geralmente não são percebidos (ou aceitos) com facilidade pela própria pessoa.Justamente por serem as áreas que a pessoa considera apenas como “ok”, aquilo que “qualquer um poderia fazer”. O que não é verdade; se fosse, qualquer um faria!

Reconhecer as habilidades naturais pode ser uma ferramenta importante para a ajudar encontrar um “caminho” na vida.

É mais simples alguém que tem habilidade com números se suceder nessa área do que ficar batendo a cabeça com as letras estudando Direito ou algo assim. Ou o contrário, alguém que tem facilidade com as palavras, estudar para contador somente porque quer se forçar a ter a mesma ter habilidade com números

Cada um já nasce com “um pacote de talentos”, a questão é encontrar uma forma de servir a comunidade com eles. E assim, fazer o “ganha pão” - ou muito além.

Você sabe quais são os seus talentos? Se não, talvez alguém perto de você saiba.

Sabe como poderia servir sua comunidade, cidade, país, o mundo com eles?
Essa também é uma maneira de encontrar um jeito de ganhar a vida fazendo o que gosta.

Como os seus talentos podem fazer o mundo ser um pouco melhor, mais fácil, mais bonito, mais eficiente, mais prático, mais interativo, mais harmonioso, mais alegre, mais feliz ...?

Por qual sonho você acorda todos os dias?

Iria C Sebastião
Caminhando em direção aos meus sonhos um passo de cada vez

“Se você é bom fazendo alguma coisa, não faça isso de graça.” (Coringa)

De acordo com o metafísico Scoutt Barlett na palestra “Reconhecendo os Seus Dons”, três pontos que podem ajudar a reconhecer esses “talentos” são:

1º) Eles estão nas áreas que são identificadas apenas como “ok” pela própria pessoa. Aquilo que é muito fácil para ela. Aquelas coisas que se pensa “qualquer um poderia fazer isso” – o geralmente não é verdade, porque se não qualquer um faira de fato.

2º) Eles são relacionados às situações que são encontrados um grande número de “sub-humanos”. Quando se fica muito irritado(a) com alguma coisa porque outra pessoa não conseguiu fazer/ver/pensar em certa coisa que é tão obvia! Óbvio pra você! Os "sub-humanos" dos dia-a-dia são excelentes espelhos indicadores de talentos pessoais.

3º) Quando vem aquela pergunta “Por que eles sempre deixam ‘isso’ pra eu resolver/fazer/criar/etc.?” Justamente porque ‘eles’ vêem que você tem mais habilidade para resolver/fazer/criar/etc. o “isso”; ou simplesmente porque aqueles “sub humanos” nem sabem que “isso” existe e precisar ser resolvido/feito/criado/etc.

E só para botar pimenta: No filme ‘Batman – O Cavaleiro das Trevas’, o vilão Coringa diz uma frase interessante na reunião dos chefões da máfia no que diz respeito “de como eu vou ganhar a vida com isso?”. Quando um dos chefões perguntam para o Coringa porque ele não mata o Batman já que é tão simples pra ele? O Coringa responde: “Se você é bom fazendo alguma coisa, não faça isso de graça.”
Apesar de vir de um vilão – e que vilão! –é de se pensar.

10 julho 2009

Desembocando num mar de possibilidades




Tenho lido em diferentes fontes que em termos energéticos da Terra, estamos num tempo de limpeza geral – em nível pessoal e mundial.
Por alguns anos estaremos num período especialmente forte em termos de deixar para trás tudo o que não nos serve mais. Todo o “lixo” que tem sido carregado por anos, e até por gerações, vão aos poucos – ou mesmo abruptamente – caindo e criando um espaço para algo novo.
De acordo com essas fontes, velhos conceitos, hábitos, sistemas, crenças, relacionamentos que não funcionam, empregos abaixo da capacidade criativa pessoal e outros estão caindo e/ou se transformando em algo diferente.
É por isso que tão freqüentemente estamos vendo tantos escândalos políticos, econômicos, religiosos. E também por isso que muita gente está perdendo empregos, namorados(as), trocando de amigos, se cansado de certas coisas que eram rotina e encontrando novos caminhos em diversas áreas da vida.
Sistemas inteiros estão sendo revistos, transformados ou mesmo desmontados porque simplesmente não funcionam mais. Veja crise econômica dos Estados Unidos e mundial, grandes empresas ruindo, rebelião em países como Irã, escândalos políticos e religiosos cada vez mais à tona. Não é tempo de esconder ou se esconder, é hora de cair máscaras, cair o que não serve mais e criar espaço para o que realmente vale a pena e mostrar o que é verdadeiro.
Essas transformações podem ser muito assustadoras porque detonam muitas coisas estabelecidas que eram/são base para a vida de muita gente. Mas por outro lado, depois do susto, depois de descobrir que o mundo não acaba porque algo mudou, descobre-se um mundo novo de possibilidades: novos empregos ou senso empreendedor, novos e melhores relacionamentos, novos caminhos na vida pessoal, espiritual, emocional, profissional, econômica, etc.
A recomendação principal para essa fase de transformações pessoais e mundiais é não se apegar as idéias de controle ou poder. Isso somente vai tornar as coisas mais difícil e doloridas. O melhor é deixar-se ir com as transformações e estar aberto para possibilidades que não foram imaginadas antes. Ao invés de “aperte os cintos e segure firme” que a viagem vai começar, solte os cintos e nade com leveza na corrente deste rio que pode ser turbulento – ou não – mas que desemboca num mar de novas possibilidades (de trabalho, carreira, relacionamentos, espiritualidade, amizades ... ).

Por qual sonhos você realmente acorda todos os dias?
Os velhos sonhos “de todo mundo” ou seus de verdade?

21 junho 2009

A base para a nossa grandeza




Grandes feitos e sonhos não se realizam de uma hora para a outra. Mas com paciência e trabalhando numa base consistente, se pode ir muito longe.

E quanto mais longe se quer ir, mais importante que a base seja sólida e resistente; o que requer tempo, disciplina, prática e dedicação.

Assim como um edifício alto e resistente necessita de uma estrutura sólida para suportar as intempéries do tempo, uso e possíveis acidentes; nós também precisamos de uma estrutura sólida para que possamos ir tão longe quanto desejamos e para que também possamos resistir percalços do ambiente social, familiar, econômico, profissional e outros que acontecem na nossa trajetória.

E nesse caminho, as dificuldades, os obstáculos, as decepções são instrumentos que ajudam fortalecer diversos aspectos do nosso alicerce que serão fundamentais para o nosso desenvolvimento maior.

A construção desse alicerce não é necessariamente fácil, bonito ou rápido; mas é um trabalho importante e essencial.

Para que um arranha-céu seja construído, são investidos muito material, diversos tipos de conhecimentos e muito tempo na fundação.

Essa parte da construção não é muito bonita. Parece um buraco cheio de sujeira e bagunça. Muitas vezes leva-se meses para que finalmente a construção comece aparecer acima do solo. E quanto mais alto o arranha-céu, mais fundo será o alicerce e mais tempo se leva para ver a beleza do edifício pronto. Mas sem o trabalho da fundação, o prédio não ficará em pé por muito tempo.

O mesmo funciona para qualquer profissional, seja ele um atleta, artista, médico, designer ou outro; para que ele se estabeleça na carreira, é necessário investir tempo para ter o conhecimento especifico na área, aprender as técnicas, ter a prática regular, se estabelecer eticamente, além de ter estrutura emocional para lidar com os pontos altos e os pontos baixos da carreira que vão ocorrer naturalmente. Tantas histórias que se ouvem de carreiras perdidas porque grandes talentos não tiveram equilíbrio emocional para lidar com momentos de sucesso ou de fracasso.

Uma base sólida requer tempo, auto conhecimento e desenvolvimento pessoal em diferentes aspectos. O esforço vale a pena porque quando bem feito, o resultado pode ser uma obra de arte que pode durar gerações.

E se não estamos nessa vida para dar o nosso melhor, pra que será?

Por qual sonho você acorda todos os dias?

11 maio 2009

Aquele problema de sempre!



Sabe aqueles problemas, dificuldades e erros que se repetem, se repetem, se repetem e ... se repetem?

Eles são como aquela matéria da escola que faz o aluno repetir de série várias vezes; até que finalmente ele aprende, tira notas boas e passa de ano. (Considerando o tempo em que as escolas avaliavam decentemente os alunos – e, que ele seja íntegro para não trapacear.)

Para que o aluno esteja apto para o novo grau de aprendizagem, é necessário que ele tenha atingido um certo nível de conhecimento.

Se o aluno passa para a próxima série sem o devido preparo, ele acaba tendo mais dificuldade adiante porque ele não desenvolveu a parte fundamental daquele conhecimento.

A chance dele ter grande sucesso nas áreas da vida que depende daquele saber é reduzida consideravelmente.

O mesmo se passa no processo da vida.
Para que alguém esteja apto a progredir para um novo ou melhor nível de vida (melhor emprego, melhor saúde, melhores relacionamentos pessoais, etc.), é necessário que aprenda as lições da presente situação para que fique habilitado para os futuros desafios.

Por exemplo, uma pessoa que tem o desejo de quer ser rico para ter uma vida melhor. Supondo que esta pessoa tenha um salário razoável que, bem administrado, pagaria as contas e manteria uma vida decente; mas que por causa de má administração (gasta mais do que recebe, paga contas atrasadas, faz divida no cartão de crédito) leva uma vida difícil.

O que aconteceria se esta pessoa ganhasse na loteria ou tivesse o salário aumentado significativamente?

Como demonstram certos estudos, ela provavelmente faria os mesmos erros, só que desta vez, com mais dinheiro - voltando a levar a mesma vida de antes em pouco tempo.

Ou seja, a circunstância até mudou (tem mais dinheiro), mas o padrão de comportamento/erro se repete (a irresponsabilidade na administração do dinheiro) refletindo repetidos resultados na situação externa (dívidas ou má condição de vida).

As situações externas (relacionamentos, trabalho, finanças, desentendimentos, doenças, etc.) são, na verdade, reflexos da situação interna de cada indivíduo.

São sentimentos mau resolvidos, traumas, crenças ou mesmo algumas decisões (consciente ou inconsciente) que desencadeiam determinados padrões de comportamento.

O cenário de vida somente evolui para algo melhor se os mecanismos internos (psicológicos, emocionais, mentais) que desencadeiam determinado comportamento forem resolvidos de alguma forma. Caso contrário, a situação continua se repetindo.

Usando o caso da pessoa que quer ser rica, a má administração financeira pode ser causada por crenças negativas como por exemplo: ricos são egoístas, ricos são maus, os ricos passam por cima dos outros pra ganhar dinheiro, os ricos vão para o inferno e os pobres vão para o céu, etc.

Então, para a esta pessoa não ser “egoísta”, “má”, “trapaceira” ou “não ir para o inferno”, ela cria comportamentos que a mantenham “segura” na sua forma (consciente ou inconsciente) de pensar. Mantendo-se pobre, ela é supostamente “generosa”, “boazinha”, “honesta” e com o “caminho para o céu” garantido. E como reflexo desse pensamento, acaba trabalhando em empregos que pagam mal, não aprende a valorizar o próprio trabalho, administra mal o dinheiro, gasta mais do que recebe, etc.

Para esta pessoa passar para a próxima fase (ter uma vida financeira mais saudável), ela precisa trabalhar essas crenças e bloqueios internos. E, na medida que esses bloqueios são liberados, ela naturalmente terá melhores atitudes pessoais e financeiras; e, eventualmente, estará numa situação melhor.

Por isso, é importante dar atenção especial aos eventos e problemas repetitivos. Eles são projeções externas de bloqueios e pensamentos limitadores que causam repetição de certas circunstâncias.

A vontade e o esforço de reconhecer e superar essas limitações certamente é o que determina a velocidade da “graduação” para novas fases e, possivelmente, melhores.

E, o melhor caminho nesta dinâmica é a busca do auto-conhecimento.

Que pensamentos limitadores você precisa superar para realizar o sonho por qual acorda todos os dias?

03 maio 2009

Transcendendo



Já dizia Shakespeare que o homem é feito de matéria e sonhos.

O que são os grandes heróis, líderes, conquistadores, artistas, revolucionários, missionários se não grandes sonhadores?

Todos que acreditam nos sonhos são capazes de ir além da imaginação, além do tempo, além da vida. São capazes de ser grandes inspiradores para um amigo, para a família, uma nação ou até mesmo outras gerações.

Aquele que tem fé - não somente em Deus (Krishna, Budha, Jesus, Maomé ou qualquer outro que escolher) - mas que tem FÉ EM SI PRÓPRIO é capaz de criar uma existência que vai muito além de dias somente cheios de "coisas pra fazer".

A vida não é apenas uma lista de tarefas. É uma Expressão Divina.

Por que apenas sobreviver, quando é possível transcender?

Por qual sonho você acorda todos os dias?

Ame. Inspire. Inspire-se

Be happy!

Iria Sebastião
Uma sonhadora que quer realizar e inspirar novos sonhadores e realizadores

26 abril 2009

Não tem nada no caminho de um sonhador que impeça as manifestações, a não ser o próprio sonhador (e os pensamentos limitadores).



O universo é abundante e diverso.
Tem de tudo - e muito de tudo - para todos.

Sonhos são os temperos da vida. Eles são destinados a sair do mundo das idéias e serem concretizados.

Sonhar, planejar e agir. Caso contrário, é ficar na fantasia.

Nessa linha de estratégias para a vida e manifestações, tem a escritora Marcia Wieder. Ela publicou, entre outros, livros como “Make Your Dreams Come True” (Faça o seus sonhos se tornar realidade) e “Doing Less and Having More” (Fazendo Menos e Tendo Mais). (Não encontrei publicação em Português)

O conceito de “fazer menos e ter mais” parece perfeitamente viável de acordo o livro. Resumindo exageradamente, a idéia é deixar de fazer, fazer menos ou conseguir ajuda para aquelas atividades que a pessoa não gosta, não quer ou não tem que fazer. Desta forma, pode-se priorizar e ter mais tempo para o que realmente é importante ou dá mais prazer para cada um.
O livro apresenta idéias e estratégias de como fazer isso.
Quem puder ler (em Inglês) , vale a pena.
(http://www.amazon.com/Doing-Less-Having-More-Want/dp/0688158242)

Nesta semana, a escritora Márcia Wieder fez uma conferência telefônica para divulgação do seu trabalho e falou sobre os “10 passos para fazer os sonhos se tornarem realidade”.
Os 10 passos vou publicar num outro momento, mas deixo aqui algumas idéias fundamentais.

De onde vem os sonhos?
De qualquer lugar. Eles são inventados. E podem ser qualquer coisa.
Nada é muito grande ou pequeno demais. Pode ser um trabalho mais divertido e que pague bem, mais tempo pra se cuidar, mais tempo com os filhos, salvar as baleias, acabar com a fome no Brasil, morar na praia, etc.
E não precisa ser um sonho do tipo “salve o planeta”. Pode ser algo simples que dê mais alegria no dia a dia.
Parte da nossa natureza fundamental é ser alegre (Desculpem-me aqueles que gostam de sofrer e vivem contra a própria natureza.)

Os sonhos são inventados, mas é melhor se eles estiverem alinhados com um “propósito maior”, a “expressão pessoal”, um “chamado da voz interna” – ou qualquer nome que queira dar a isso.

“Agir sem ter propósito, faz com que muitas pessoas escalem até o topo da montanha só pra descobrir que era a montanha errada.” (Márcia Wieder)

Você está escalando a montanha certa?

De acordo com Márcia Wieder, são 3 principais guias para realização dos seus sonhos:
* Clareza – ter clareza sobre quais são os seus sonhos.
* Acreditar – Acredite neles.
* Agir - Agir para para realizar seus sonhos.

Clareza: saber quais são os sonhos. Escrever e falar sobre eles.
ESCREVER OS SONHOS NO PAPEL. Contar para outras pessoas. Tirar eles da cabeça.
De acordo com a escritora, a maioria das pessoas não falam para os outros sobre os próprios sonhos não porque têm medo de que façam piadas a respeito, mas porque sabem que os outros vão esperar que alguma atitude seja tomada.
A maioria das pessoas não falam sobre seus desejos para não criarem compromisso com eles!
E acabam guardando tanto tempo para si até que se esquecem.
Você se lembra dos seus sonhos? Tem eles por escrito? Quem mais sabe sobre eles?

Acreditar
Acredite no seu sonho mesmo que todas as evidências não mostrem que é uma boa idéia.
Quem é a mídia, o mercado financeiro, a igreja ou as outras pessoas para dizerem o que é certo ou errado, bom ou ruim, se vai dar certo ou não?
Isso vale para sua mãe, pai, filho, qualquer parente, “melhor amigo(a)”, pastor, padre e etc que tente diminuir a possibilidade de um sonho.
Quem escreve a sua história? Você ou eles?

Agir
Demonstre na prática que você acredita nos seus sonhos.
Escreva no papel. Faça um plano, uma listas daquilo que pode ser feito para caminhar na direção dos objetivos: pesquisar na internet, buscar uma escola, entrar para um grupo on-line, buscar cursos, ler livros, contatar pessoas, buscar ajuda, etc.
Pelo menos um passo por dia. (Nem que seja a visualização do objetivo).
Passos de tartaruga podem levar muito longe. (Mais longe do que passo nenhum).
Consistência e persistência.
Qual é o passo que você vai dar hoje? E amanhã? E depois?


Por qual sonho você acorda todos os dias?

Iria Sebastião
Uma sonhadora que quer realizar e inspirar outros sonhadores e realizadores.

16 abril 2009

Expresse-se. Mostre o seu melhor.


Tem uma expressão que diz que “O lugar mais rico da Terra é o cemitério!”.

É o lugar mais rico porque no cemitério estão todos os talentos que não se expressaram. Sonhos e projetos que não se realizaram.

Nas covas estão enterrados projetos que poderiam mudar o mundo, a cura de doenças, o fim da fome, empresas que criariam milhares de empregos; filmes, livros, poesias, músicas e artes que emocionariam gerações.

E por que tanta gente guarda seu talento para o túmulo?

Eu diria que por medo. Medo de tentar algo novo.
Medo de ser diferente, de arriscar, de errar, aprender, de tentar de novo.
Medo de se expressar diferente da maioria.
Medo de não obedecer seus pais, professores, chefes, padre, pastor, igreja ...
Medo de ter responsabildiade pelos pensamentos, pela própria vida e pelas próprias escolhas.
E, como disse Nelson Mandela, medo de descobrir que somos capazes de brilhar muito além da imaginação.

Imagine-se chegando lá no paraíso e analisando o saldo geral desta vida.
São Pedro entrega a lista de talentos e potencialidades que o Criador lhe deu e pede pra você escrever como você usou esses talentos.
Como seria essa lista? Como seriam as suas respostas?

Com aquela lista na mão, você se dá conta que se tivesse dado os passos necessários, com paciência, , persistência e consistência você teria sido um grande escritor, pintor, professor, médico, empresário, cientista, chef, engenheiro, agricultor, nutricionista...

Que se você tivesse ouvido aquela voz interna você teria revolucionado a arte, melhorado o sistema de educação, melhorado a vida de comunidades inteiras, salvo a vida de milhões, feito muitas pessoas mais felizes, teria tornado outras vidas melhores, mais bonitas, mais saudáveis ...o mundo teria sido um pouco melhor porque você deu o seu melhor.

Gosto desta parte do Discurso de Posse de Nelson Madela:

“Nosso maior medo não é sermos inadequados. Nosso maior medo é sermos poderosos, além do que podemos imaginar.
É a nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos assusta.
Nós nos perguntamos: “Quem sou eu para ser brilhante, lindo, talentoso, fabuloso?”.
Na verdade, quem é você para não ser?
Você é um filho de Deus.
Você, agindo pequeno, não ajuda o mundo.
Não há nenhuma bondade em você se diminuir para que os outros não se sintam inseguros ao seu redor.
Todos nós fomos feitos para brilhar, como as crianças brilham.
Nós nascemos para manifestar a glória de Deus dentro de nós.
Isso não ocorre somente em alguns de nós; mas em todos.
Enquanto permitimos que nossa luz brilhe, nós, inconscientemente, damos permissão a outros para fazerem o mesmo.
Na medida que nos libertamos do nosso próprio medo, nossa presença automaticamente libertará outros.”
(Marianne Williamson, autora do livro "A Return to Love")

Forte, não?

E você tem medo de ser grande?

Os seus talentos serão enterrados no cemitério?

Por qual sonho você acorda todos os dias?

Como você vai deixar o mundo melhor?

04 abril 2009

Voa borboleta, voa - Uma metáfora sobre as transformações da vida

Baseado na palestra de Martha Beck* (escritora de best sellers e “life coach”).

Metamorfose.
Todos nós ao longo da nossa existência passamos por metamorfoses.

Metamorfoses são as grandes transformações que acontecem nas diversas áreas da vida.
No corpo físico, por exemplo, as mudanças da adolescência e da velhice.
No campo social, mudanças de emprego, cidade, casamento, separação.
No campo psicológico inclui os processos internos das mudanças acima e muitas outras mais como a busca do “quem sou eu”.

Na palestra, Martha comparou esses processos da vida com o nascimento da borboleta.

Imagine que a pequena lagarta passeia pelo jardim.  Na sua perspectiva e dentro de tudo que ela conhece sobre o mundo sabe que ela é uma lagarta. 
Sabe que está aprendendo muitas coisas na vida, e que vai crescer e ser uma ... lagarta GRANDE.
Mesmo que os amigos digam que  ela tem potencial ser uma bela borboleta, ela diz: Eu? Não! Imagina, eu não conseguiria. É demais pra mim.

Ela segue a vida monótona de lagarta. Está suficientemente contente como a vida que tem.
Mas, um certo dia ela PRECISA “dar um tempo”. (Na verdade, ela está em crise. Está de saco cheio de tudo: trabalho que não gosta, um monte de 
coisas pra arrumar, contas pra pagar, tráfego, parente reclamando, etc. Acha que essa vida está chata demais e precisa de algo além disso).
Ela tem uma idéia genial e faz o seu casulo pra “ficar na dela” por um tempo (Faz um retiro, tira férias sozinha, faz meditação, toma um final de semana 
pra organizar as idéias).

E, nesse tempo, ela se dá conta que a vida que ela leva não é a que gostaria mais de levar. Mas não tem a menor idéia do que fazer ou para onde ir. Mas o 
do jeito que está, não dá mais!
Ali no seu casulo, ela começa a sentir um certo vazio porque o que ela acha que era certo e bom, não serve mais. E não sabe o que fazer disso.
Todo aquele universo que a lagarta conhecia e o futuro que ela imaginava (de ser uma lagarta grande) se desintegra. Tudo o que ela sabia e queria não faz 
mais sentido. Seu entendimento de mundo se derrete.
Literalmente. (No caso da lagarta, ela vira uma gosma mesmo.)

Assim acontece conosco.
Quer dizer, nós não nos tornamos uma gosma, mas certos entendimentos do nosso mundo se deterioram.
São aqueles momentos da vida quando temos coragem de questionar se o caminho que estamos seguindo é o que queremos. E, se percebemos que o não é esse o 
caminho, ficamos naquele buraco negro: o que fazer agora?

Para as verdadeiras grandes transformações é preciso deixar pra trás o que a gente não precisa mais. Velhos hábitos, velhos medos, relacionamentos que 
não funcionam, empregos, coisas velhas e outros.
Esse desapego não é fácil. E pode ser  dolorido. (Não que precise ser tão dolorido, mas tem gente que gosta mais de drama que outros). Há pessoas que 
são capazes de encarar com mais naturalidade.

Esse processo de deixar pra trás certas coisas é fundamental.
Como – ou por que - colocar uma decoração nova, linda e reluzente numa sala velha, cheia de tralha e coberta de pó?

Esse processo de dissolução, pode ser duro porque é o momento de desistir do que conhecemos. Mesmo que essas coisas, hábitos e medos não sejam mais 
necessários, é o mundo que conhecemos. Deixando isso ir embora, o que sobra?
O desconhecido.
E o desconhecido, muitas vezes, assusta.

É importante lembrar, que nos momentos mais difíceis de confusão da vida é quando alguma coisa nova e muito melhor pode emergir. Algo que ainda não dá 
pra imaginar.

A natureza da lagarta (e a nossa própria) tem a sua voz.
Aquela voz que sabe porque você está nessa vida. Que sabe realmente o que lhe faz feliz. Não é uma voz que grita e põe o dedo na cara dizendo o que 
você tem que fazer.
É uma voz que sussurra. É uma voz que sempre está lá. Falando baixinho, suave; mas, sempre lá.

Sem o stress diário, e com o mundo que conhecia desintegrado, a pequena gosma de lagarta-borboleta começa a ouvir o seu verdadeiro “chamado”, o seu propósito na vida.

A lagarta não tinha idéia do que ia ser dela. Ela está com o fluxo. Fica sozinha. Faz o casulo. Derrete. E, no seu tempo, ela vai tomando a forma que ela, de fato, é predestinada a ter: a de borboleta.

Isso não acontece de uma hora para outra. É um processo que tem o tempo certo. Mesmo depois que a gosma toma a forma de borboleta, ela ainda não está pronta para lançar vôo, ela precisa de um tempo para crescer.

Quando ela cresce o suficiente, pra encarar o mundo lá fora é hora de ficar forte. É a luta pra sair do casulo. Isso leva tempo e certamente é desgastante.
E esse processo de crescer e romper o casulo é fundamental para que ela tenha as qualidades e a força necessária para voar. Se alguém resolve “ajudar” abrindo o casulo para que ela saia com facilidade, ela possivelmente não vai voar como poderia, pode ficar deficiente ou até mesmo morrer.
Na nossa vida esse é o processo de desenvolvimento e maturação de uma nova idéia, projeto, estilo de vida, trabalho. É depois que ouvimos a voz interior e temos coragem de segui-la. Precisamos tomar as atitudes necessárias, estudar, trabalhar na área, contatar as pessoas certas, se desenvolver. E no meio disso tudo, passamos por dificuldades. Essas que são exatamente as lições que precisamos para ser mais fortes pra poder voar mais alto e com mais beleza.
Se nesses momentos de dificuldades, ficarmos reclamando, ao invés de fazer auto análises necessária para aprender com os obstáculos e erros, vai levar muito mais tempo para voar.

Assim como a lagarta se transforma em algo muito além do que ela é capaz de imaginar, podemos ter o nossa metamorfose e nos tornar algo além da nossa imaginação e voar por jardins novos e inimagináveis.
Mas como somos humanos e temos mais escolhas, podemos optar por crescer e apenas ser uma lagarta grande e olhar o mesmo jardim a vida toda.

Ok, ok. Você já fez uma grande mudança na sua vida. Mas você vai ficar só nesse jardim que já se tornou velho? Prometo que tem muito mais por aí!

Metamorfose não é exatamente um processo fácil.
É também uma escolha.

Você prefere ser uma lagarta grande ou uma magnífica borboleta voando por novos jardins desconhecidos?

Sabe aquela voz que sussurra aí dentro?
Vai escutá-la.

Viva a vida em direção aos seus sonhos!

Iria Sebastião
Uma sonhadora que quer realizar e inspirar outros sonhadores e realizadores.
Para ver a página no grupo on line: 
http://groups.google.com/group/porqualsonho/web/voa-borboleta-voa
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* Sobre a palestrante:
Martha Beck, autora dos livros “Finding your North Star” e “Steering by 
Starlight”. A tradução acredito que seria algo como “Encontrando sua Estrela 
Norte” e “Dirigido pela luz da (sua) estrela”. Esses são dois dos meus 
favoritos livros em termos de encontrar “o seu caminho e propósito na vida”.
A escritora entre outras coisas, seguiu carreira científica por muitos anos. 
Formada em Harvard e muito bem qualificada em sua área até que coisas 
acontecerem e ela descobriu que estava no caminho errado.
Entre outros eventos, ela desenvolveu doenças crônicas incuráveis e quando 
grávida, seu bebê foi diagnosticado com Síndrome de Down.
Essas “crises” a obrigaram pensar sobre a vida que levava.  Mudou 
completamente seu estilo de viver. Escutou o que ela chama de “estrela 
norte”. Mudou uma carreira certa por algo que não sabia. Ouviu a voz do 
coração e hoje é feliz, bem sucedida e não tem nenhum sintoma das doenças 
crônicas e fatais das quais ela foi diagnosticada. Ela encara a situação 
especial do filho como um “presente” que ensinou ela a ver o mundo de um 
jeito melhor. Tudo isso ela atribui a coragem de ouvir a si própria e seguir 
o caminho que ela (no fundo do coração) sabia que era certo

02 abril 2009

Longe de casa ...há bem mais de uma semana



Saudade.
4 anos de “Esteites”!
4 anos sem ver família, crianças crescendo, sem ver os “velhos” amigos, perdendo formatura e casamento de irmão (esses doeram fundo), perdendo outros casamentos, formaturas, chás de bebê, os bebês nascendo ...

Quatro anos sem aquela boa cerveja com os amigos filosofando no boteco ao som de uma boa MPB.
Até nem bebo mais!
Descobri que o sabor não era da cerveja, mas da boa companhia dos amigos com a boa música na alegria dos lugares que freqüentava. Coisas de casa.
Saudade.

Mas apesar de certos buracos criados pela falta de algumas coisas; outros buracos foram preenchidos. Matei - uma parte - da vontade de conquistar um mundo desconhecido. Desbravei um novo país (ainda quero desbravar outros), uma nova cultura, um novo idioma. Passei por novas aventuras e experiências que não teriam sido se eu tivesse ficado em “casa”.

Vale a pena?
Ah! Pra mim, está valendo sim.
Apesar de sentir pelas coisas que perdi nesse tempo, agradeço muito pelas coisas que ganhei. A experiência de ter deixado um mundo conhecido e recomeçado tudo do zero foi insubstituível.
Quem viveu isso que o diga!

Nesses 4 anos de América (do Norte) muita água passou debaixo dessa minha ponte.
Pra ter uma pequena idéia, mudei de casa/apto 06 vezes! Isso, somente no primeiro período de 2 anos e meio! Agora estou mais sossegada morando há um ano e meio no mesmo lugar.

Moro em Mountain View, no famoso vale do Silício, na terra do Google e do Yahoo. Vizinho da Apple. Ser nerd não é uma ofensa é um requisito!

Nesse tempo todo aqui, vi, fiz e aprendi muitas coisas.
E se nada mais valesse a pena, ter conhecido o amor da minha vida, já teria valido a viagem.
Se isso não bastasse, aprendi a falar inglês e espanhol fluentemente. Aprendi que idiomas se aprende falando, sem medo de errar. Aprendi que ter sotaque não é falar errado, é ter charme. “É ser uma cadeira vermelha numa sala toda branca com cadeiras brancas” (palavras de um americano depois de eu me “desculpar” pelo sotaque).
Fiz novos amigos de várias nacionalidades, criei uma nova família. Conheci novos lugares. Aprendi a ler mapas (pra entregar pizza). Perdi o medo de crianças e descobri que elas me adoram. Descobri que americanos não são pessoas tão frias como dizem. Aprendi (com os americanos) que objetividade e clareza podem tornar a vida mais fácil do que ficar tentando ser legal pra não desagradar o outro. Aprendi a administrar melhor o meu dinheiro. Aprendi a cumprimentar as pessoas na rua, mesmo que seja desconhecido. Aprendi a andar de skate e snowboard. Descobri que a água do Pacífico é muito fria mesmo (de geladeira). Voltei a ser criança na Disney. Aprendi a gostar de comida mexicana. E muitas outras coisas mais.

E sobretudo, aprendi que mesmo de longe e sem contato freqüente, a gente mantém o carinho e o amor por aquelas pessoas são importantes.
Aprendi que um email de um amigo, mesmo curtinho, contando como ele está preenche um pouquinho o buraco da saudade.
Aprendi que aqueles que te amam, ficam felizes por você estar feliz - mesmo que tão distante.
E aprendi que você fica mais feliz ainda por isso. Obrigada.
E de longe, e talvez por estar longe, eu aprendi a dizer “te amo” pra aqueles que eu amo.
E descobri que eu amo mais pessoas do que eu pensava. E que é bom demais amar e ser amada, mesmo que de longe.

Obrigada